Painel Internacional – Diálogo Entre Ciência e Política
Acelerando as Transformações Sustentáveis
Qual o Papel dos Observatórios Socioambientais no Avanço dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS)?
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Nosso painel internacional de Política Científica sobre como a ciência pode inspirar uma transformação global e o papel chave dos observatórios socioambientais acontecerá no dia 21 de junho das 9h30 às 11h30 (horário do Brasil).
Apresentaremos os resultados de uma pesquisa original na qual mais de 50 pesquisadores internacionais, especializados em plataformas de conhecimento e observatórios de sustentabilidade, compartilham o que pensam sobre o impacto e as limitações de seu próprio trabalho. Perguntaremos tambem aos tomadores de decisão, como a ex ministra de Meio Ambiente e atual co-presidenta do International Resource Panel da ONU, Izabella Teixeira, jornalistas científicos, ativistas e cientistas por que eles acham que tem sido tão difícil alcançar a sustentabilidade global.
Data: 21 de junho de 2021 (segunda-feira
Horário: 9h30 – 11h30 (horário de Brasília) / 14h30 – 16h30 (horário de Paris /CEST)
Local: evento online
Idiomas: Tradução simultânea para inglês, francês e português
Registre-se aqui: https://umontpellier-fr.zoom.us/webinar/register/WN_e86Y5jF-TaevY5Bqx_xvvw
Organizadores: UMR SENS, UMR ESPACE-DEV, UMR TETIS, Montpellier Advanced Knowledge Institute on Transitions (MAK’IT) – Universidade de Excelência de Montpellier (MUSE), INCT Odisseia – Observatório de Dinâmica Socioambiental / Centro de Desenvolvimento Sustentável – Universidade de Brasília (CDS-UnB).
Um Diálogo Transdisciplinar sobre o Impacto Transformador da Ciência
O que os e as cientistas que trabalham com plataformas de conhecimento e observatórios realmente pensam sobre o impacto de seu próprio trabalho? Há um consenso crescente entre pesquisadores, agências de financiamento e organizações científicas globais de que o conhecimento destinado a enfrentar desafios urgentes de sustentabilidade, incluindo a implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), é mais eficaz quando ‘coproduzido’ transdisciplinarmente, por acadêmicos e não-acadêmicos.
A maioria também concorda que medir o avanço de todos os 244 indicadores dos ODS usando apenas fontes de dados tradicionais, como os censos nacionais (que muitas vezes estão desatualizados ou mesmo manipulados politicamente) dificulta o processo de monitoramento da Agenda 2030 das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável.
O Painel comecará com a apresentação de uma pesquisa original, mostrando o que mais de 50 pesquisadores e pesquisadoras internacionais trabalhando com plataformas de conhecimento e observatórios pensam sobre o impacto de seu próprio trabalho, e as barreiras que eles identificaram para alcançar a sustentabilidade global.
Como a ciência pode ser mais útil para os tomadores de decisão? A conscientização dos riscos e desafios globais não se traduz em mudanças automáticas de atitudes e ações. Muitos observatórios socioambientais (OSAs) produzem uma rica informação social e/ou ambiental a longo prazo e alertam sobre os riscos, mas raramente inspiram a elaboração de políticas.
Nosso Painel abordará conjuntamente esta questão e explorará por que, apesar dos esforços de uma década de ciência da sustentabilidade e programas de política e ação relacionados, a humanidade não se aproximou ainda da sustentabilidade global.
Os palestrantes discutirão se e como a ciência pode fazer a diferença através do conhecimento acionável e construido, e quais barreiras ainda dificultam a mudança sistêmica, especialmente em tempos de crise. Eles oferecerão particularmente suas opiniões e compartilharão suas experiências sobre quais resultados científicos foram mais inspiradores ou úteis para eles.
Elementos para a discussão:
- Até que ponto devemos esperar que os cientistas orientem a mudança, e como eles devem interagir com os formuladores de políticas – legitimados pelo voto popular – para definir estratégias de transformação seguindo os valores sociais e a viabilidade política?
- Como os pesquisadores e estudiosos podem reagir mais oportunamente e ser mais sensíveis às necessidades dos formuladores de políticas e dos cidadãos, especialmente em tempos de crise?
- Os observatórios socioambientais podem ser considerados como objetos de fronteira, fazendo a ponte entre política, ciência e prática, e promovendo o diálogo transformador para alcançar os ODS?
Programa (Horário de Brasília)
Abertura
9h30. Por que tem sido tão difícil para a ciência inspirar as transições sustentáveis globais?
Sr. Patrick Caron – Fundador e diretor do Montpellier Advanced Knowledge Institute on Transitions (MAK’IT); vice-presidente de Relações Internacionais da Universidade de Montpellier e presidente da Agropolis; pesquisador sênior (CIRAD), FRANÇA
9.40. Percepções de pesquisadores sobre o impacto de seu próprio trabalho
Dra. Gabriela Litre – Pesquisadora associada plena, Centro de Desenvolvimento Sustentável, Universidade de Brasília, BRASIL; Cientista visitante, MAK’IT, CIRAD SENS, IRD ESPACE-DEV, INCT Odisseia – Observatório de Dinâmica Socioambiental /Universidade de Brasília).
Painel Diálogo entre Ciência e Política
9.55. Quando e como a ciência pode ser útil para a tomada de decisões, e que papel os Observatórios Socioambientais podem desempenhar no avanço dos ODS?
Sra. Izabella Teixeira, Co-Presidente do International Resource Panel das Nações Unidas (IRP) e ex-Ministra do Meio Ambiente do Brasil (2010-2016) BRASIL
Sra. Seema Purushothaman, professora e ativista socioambiental, Universidade Azim Premji, ÍNDIA
Sr. Yves Sciama, jornalista científico sênior especializado em meio ambiente e ciências da vida, vice-presidente (e ex-presidente) da Associação Francesa de Jornalistas Científicos, FRANÇA
Sr. Rami Zuraik, Professor, diretor do Programa de Segurança Alimentar e coordenador interino do Programa de Desenvolvimento Comunitário Rural da Faculdade de Ciências Agrárias e Alimentares da Universidade Americana de Beirute, LÍBANO
Sr. Ward Anseeuw, pesquisador sênior da CIRAD, FRANÇA & International Land Coalition, ITÁLIA; ex-diretor do Centro de Estudos de Governança Inovação ÁFRICA DO SUL, co-fundador, Land Matrix Initiative
Facilitador: Sr. Roel Plant – Professor Adjunto, Landscapes and Ecosystems, Universidade de Tecnologia de Sydney, AUSTRÁLIA, Cientista Visitante, MAK’IT – MUSE, UMR TETIS
10h45: Perguntas do público
11h25: Considerações Finais
Panelistas
Izabella Mônica Vieira Teixeira é brasileira, formada em Ciências Biológicas pela Universidade de Brasília e tem mestrado e doutorado em Planejamento Energético pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Também é especialista em Gestão Ambiental, Avaliação de Impacto Ambiental e Licenciamento Ambiental. Funcionária pública de carreira, foi Ministra do Meio Ambiente do Brasil entre 2010 e 2016.
Com ampla experiência internacional, foi chefe da Delegação Brasileira e Chairperson of the Group of Like-Minded Mega Diverses Countries e do Protocolo de Nagoya sobre Acesso a Recursos Genéticos e Compartilhamento de Benefícios da Convenção das Nações Unidas sobre Diversidade Biológica. Ela também foi chefe da Delegação Brasileira nas Conferências de Cancun, Durban, Doha e Varsóvia das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, e do Grupo Brasil-África do Sul-Índia-China (BASIC). A convite do Secretário-Geral da ONU, ela foi membro do Painel de Alto Nível sobre Sustentabilidade Global. Também foi uma das principais líderes da Conferência Rio+20 de 2012 da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável. Após a Rio+20, ela foi novamente nomeada pelo Secretário-Geral da ONU como membro do Painel de Alto Nível sobre a Agenda de Desenvolvimento Pós-2015. Em 2013, ela assinou, em nome do governo brasileiro, a Convenção de Minamata sobre Mercúrio.
A orientação e liderança de Izabella Teixeira foi fundamental para a aprovação do novo Código Florestal no Congresso Nacional em 2012, para alcançar as menores taxas históricas de desmatamento na Amazônia e, conseqüentemente, a maior contribuição global para a redução de emissões, para a estruturação de uma política nacional abrangente sobre mudança climática envolvendo setores econômicos-chave como energia, agricultura e indústria, e para construir e propor ao Congresso Nacional uma nova estrutura para o uso de recursos genéticos e compartilhamento de benefícios. Em 2015, foi Chefe da Delegação Brasileira nas negociações do Acordo de Paris da Convenção das Nações Unidas sobre Mudança do Clima. Por sua notável carreira, em 2013 Izabella Teixeira recebeu o prêmio Campeões da Terra do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente para Liderança Política. Em 2017, ela foi eleita copresidente do International Resource Panel (IRP) da ONU.
Professora da Universidade Azim Premji em Bangalore, Seema passou mais de 25 anos em uma carreira dominada pela pesquisa – em organizações governamentais, corporativas e sem fins lucrativos. Suas pesquisas abrangem todo o conceito e as questões de sustentabilidade nas florestas e fazendas familiares e seus arredores.
O interesse de Seema pelo ensino inclui a sustentabilidade como um conceito, como uma preocupação agrária, bem como do ponto de vista educacional e econômico.
Ela possui Mestrado em Economia Agrícola (Impacto da indústria do cimento na economia rural – Universidade Agrícola de Kerala), um Mestrado em Economia Ambiental (Valor farmacêutico das florestas tropicais – Universidade de Londres) e um Doutorado em Dinâmica do uso da terra em terras tribais do sudoeste de Ghats (Instituto de Pesquisa Florestal, Dehradun).
Suas áreas de interesse incluem abordagens interdisciplinares para mudanças sociais, ecológicas e econômicas no estudo de meios de vida e políticas nas economias emergentes. Ela tem um blog (Small Farm Dynamics in India) no qual descreve a subsistência e a dinâmica das pequenas fazendas na Índia.
Seus livros incluem: Purushothaman S, Patil S, Agrarian change and Urbanization in Southern India, e Purushothaman S. e R. Abraham (eds.) 2013. Estratégias de Subsistência no Sul da Índia – Conservação e Redução da Pobreza nas Fronteiras Florestais. Springer, Nova Delhi, Índia. Para mais detalhes, clique aqui.
Patrick Caron é médico veterinário, PhD em geografia de desenvolvimento e especialista em sistemas agrícolas e dinâmica territorial, com foco especial na pecuária no Brasil, África Austral e Oriente Próximo.
Além de seu papel como fundador e Diretor do Montpellier Advanced Knowledge Institute on Transitions (MAK’IT), Patrick é Diretor Internacional da Universidade de Excelência de Montpellier (MUSE) desde setembro de 2017 e Vice-Presidente para Assuntos Internacionais da Universidade de Montpellier desde janeiro de 2019. Ele entrou para o Centro Francês de Cooperação Internacional em Pesquisa Agronômica para o Desenvolvimento (CIRAD) em 1988, onde foi Diretor-Geral de Pesquisa e Estratégia de 2010 a 2016.
Patrick é membro de muitos órgãos científicos e institucionais. Em maio de 2019, ele foi nomeado presidente da Agropolis International e é membro do Conselho Nacional Francês para o Desenvolvimento e Solidariedade Internacional. Ele liderou a organização de várias conferências internacionais que aconteceram em Montpellier, na França: a 3ª Conferência Científica Global sobre Agricultura Climática-Smart em março de 2015, a Conferência Internacional sobre Agricultura e Desenvolvimento Sustentável em dezembro de 2016 e a Conferência Internacional sobre Territórios Vivos em janeiro de 2018. Ele é copresidente da 4ª Conferência sobre Segurança Alimentar Global, a ser realizada em Montpellier, França, em junho de 2020.
Ele foi nomeado Presidente do Painel de Peritos de Alto Nível (HLPE) do Comitê de Segurança Alimentar Mundial (CFS) em novembro de 2015, cargo que ocupou até outubro de 2019. Ele é autor de cerca de 200 publicações em revistas internacionais, livros e anais de conferências.
Yves Sciama é jornalista e escritor científico francês com mais de 20 anos de experiência. Formado em biologia e jornalismo científico, ele cobriu a maioria dos campos das ciências da vida e ambientais, do clima à saúde. Ele ama a ciência, admira seu poder e rigor, mas também acredita que – como qualquer empreendimento humano – tem suas áreas cinzentas, seus conflitos de interesse e outras fontes de preconceito, e que é dever dos jornalistas investigar quando necessário.
Yves colabora com a “Science et Vie”, “Le Monde” e “Reporterre”. Seus artigos e reportagens já foram publicados também em “Science” (AAAS), “La Recherche”, “Libération” e vários outros meios de comunicação.
Professor e palestrante na Ecole Supérieure de Journalisme de Lille, Knight Center for Journalism in the Americas, ESJ-Pro, Université Versailles St Quentin (UVSQ), Université Grenoble-Alpes (UGA), Institut Pratique du Journalisme (IPJ) etc, Yves criou roteiros documentais e outras obras multimídia, e é autor de vários livros, incluindo Le changement climatetique (Larousse, 2010), Développement durable, avenirs incertains (Dunod, 2008) e The Little Atlas of Endangered Species (Larousse, 2003, 2005).
Por sua longa trajetória no jornalismo científico, Yves ganhou uma série de prêmios e bolsas, incluindo uma Bolsa de Jornalismo Científico no MIT em 2014 e o “Grand Prix Varenne de l’Information Scientifique” em 2010. Ele é o atual vice-presidente e ex-presidente da AJSPI, a associação francesa de jornalistas científicos e foi eleito no conselho da Federação Europeia de Jornalismo Científico (EFSJ). Presidiu o comitê de programa da última Conferência Mundial de Jornalistas Científicos (WCSJ2019), em Lausanne.
O Dr. Rami Zurayk é professor da Faculdade de Ciências Agrícolas e Alimentares (FAFS) da Universidade Americana de Beirute (AUB), Departamento de Design Paisagístico e Gestão de Ecossistemas. Ele é o diretor do Programa de Segurança Alimentar e Coordenador Interino do Programa de Desenvolvimento Comunitário Rural da FAFS.
Ele foi membro do Comitê Diretor do Painel de Peritos de Alto Nível sobre Segurança Alimentar e Nutrição (HLPE) do Comitê de Segurança Alimentar Mundial (CFS), e comissário da comissão EAT-Lancet sobre dietas sustentáveis a partir de sistemas alimentares sustentáveis. Ele é membro fundador da Rede Árabe de Soberania Alimentar, membro do conselho consultivo da Ação Social e Econômica para o Líbano (SEAL) e membro do conselho consultivo do Journal of Agriculture, Food Systems and Community Development.
Ele tem trabalhado e escrito extensivamente sobre o mundo árabe, concentrando-se na ecologia política da segurança alimentar árabe e seus vínculos com a questão agrária. É autor do relatório anual do escritório regional da FAO, Visão Geral Regional da Segurança Alimentar e Nutricional no Oriente Próximo e no Norte da África 2020-21; Pandemia e Segurança Alimentar (JAFSCD, 2020); Vida Social, do Rural ao Urbano (Routledge, 2019); Crise e Conflito na Agricultura (CABI, 2018); As Raízes Agrárias dos Levantes Árabes (com Anne Gough, Cambridge, 2014); Controle de Alimentos, Controle de Pessoas: A Luta pela Segurança Alimentar em Gaza (com Anne Gough, IPS, 2013); e Alimentos, Agricultura e Liberdade: Semeando a Primavera Árabe (Just World Books, 2011).
Rami obteve sua licenciatura e mestrado pela Universidade Americana de Beirute e seu doutorado pela Universidade de Oxford. Para mais informações, visite: https://www.aub.edu.lb/pages/profile.aspx?memberId=rzurayk
Ward, economista de desenvolvimento e analista político nascido em Ruanda e de nacionalidade belga, é pesquisador do Centro de Pesquisa Agrícola para o Desenvolvimento Internacional (CIRAD), na França. Em 2016 foi destacado para a International Land Coalition (ILC) em Roma como Especialista Técnico Sênior, liderando a equipe responsável pelo apoio ao Objetivo Estratégico 02, Mobilizar.
Antes disso e durante os últimos 12 anos, ele foi destacado para a Universidade de Pretória, como pesquisador sênior da Escola de Pós-Graduação em Agricultura e Desenvolvimento Rural e como co-diretor do Centro de Estudos de Inovações em Governança (GovInn) – que ele fundou em 2012.
Co-fundador da Iniciativa Matriz da Terra, seu trabalho se concentra principalmente em questões de políticas agrícolas e fundiárias, reformas agrárias e fundiárias, aquisições de terras em larga escala, assim como em abordagens participativas de geração de dados, governança e defesa da terra. Ward é PhD em Economia do Desenvolvimento e mestre em Ciências Agrárias.
Gabriela Litre é Pesquisadora Associada plena sobre mudanças ambientais globais e políticas públicas, co-editora executiva da revista científica Sustainability in Debate (SeD) no Centro de Desenvolvimento Sustentável da Universidade de Brasília (CDS-UnB) e Coordenadora de Mudanças Climáticas do Centro Internacional de Água e Transdisciplinaridade (CIRAT – Centro Internacional de Água e Transdisciplinaridade) no Brasil.
Coordenadora do Grupo de Trabalho de Transferência de Conhecimento do Observatório Socioambiental do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT Odisseia), é também membro de pesquisa da Rede Brasileira de Pesquisa sobre Mudanças Climáticas Globais (Rede Clima) e da Rede Científica sobre Produção Pecuária Sustentável do Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Rural da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Brasil.
Com duplo doutorado em Geografia (Université Sorbonne-Nouvelle- Paris 3) e Desenvolvimento Sustentável (CDS-UnB), Gabriela Litre é especializada em processos participativos e co-produção de conhecimento para a adaptação às mudanças climáticas e o nexo entre alimentação, energia e segurança da água. É assessora técnica de várias agências de cooperação internacional e ministérios e agências brasileiras, incluindo a Agência Nacional da Água (ANA) e o Ministério do Meio Ambiente (MMA), onde foi a principal especialista técnica para avaliar e monitorar a primeira fase do Plano Nacional de Adaptação às Mudanças Climáticas do Brasil.
Cientista social por formação, Gabriela tem uma trajetoria transdisciplinar. Ela foi, durante a primeira fase de sua carreira, correspondente política e educacional premiada pelo jornal argentino La Nación, antes de ingressar nas Nações Unidas como oficial de informação pública na missão de manutenção da paz da ONU na República Democrática do Congo (MONUC) e posteriormente como diretora de comunicação e informação pública no Programa Internacional de Dimensões Humanas sobre Mudança Ambiental Global da Universidade das Nações Unidas (UNU) em Bonn, Alemanha.
O campo de investigação de Roel é a interação entre as pessoas, as paisagens e os ecossistemas. Seu interesse específico está em como os valores, significados e escalas emergem e se jogam nos processos de tomada de decisões espacio-ambientais e outras instituições (econômicas) para a governança da “natureza” e do “meio ambiente” em nossos tempos de modernidade – o Antropoceno. Aplicações e focos temáticos incluem conservação da biodiversidade, planejamento e governança paisagística e territorial, expansão urbana e transições peri-urbanas.
Roel formou-se originalmente como Geógrafo Físico na Holanda (Universidade de Utrecht. MSc 1993) e obteve seu PhD em Ciências Agrícolas e Ambientais, focado em emissões de gases de efeito estufa baseadas na terra, na Universidade de Wageningen, em 1999. Nos últimos cinco anos, ele atuou como Chefe de Equipe e Diretor de Pesquisa de Landscapes & Ecosystems, Climate Adaptation & Food Systems (LECAFS) no Institute for Sustainable Futures, da Universidade de Tecnologia de Sydney (Austrália).
Nos últimos 15 anos, seus projetos giram todos em torno de noções econômicas, sociais e filosóficas de valor na tomada de decisões ambientais, com aplicação na gestão de terra e água, conservação da paisagem, biodiversidade e desenvolvimento de infra-estrutura. Dois dos projetos assinados por Roel incluem o desenvolvimento de uma estrutura australiana para avaliar os benefícios mais amplos dos sistemas aquáticos (financiada pela Comissão Nacional da Água do Governo Australiano), e um projeto colaborativo de dois anos focado nos valores dos ecossistemas terrestres e aquáticos na Lagoa Thau e Costières de Nîmes, no sul da França (financiado pela Cemagref/Irstea).
Roel trabalhou em diversos ambientes de pesquisa na Holanda, EUA, Costa Rica, Austrália e França, abrangendo pesquisa e consultoria sem fins lucrativos, pesquisa científica aplicada e industrial, bem como pesquisa acadêmica baseada em universidades. Ele tem mais de 75 publicações em periódicos acadêmicos classificados, relatórios técnicos e materiais de orientação.