A floresta é a cobertura primária com uma biodiversidade muito forte. A população local precisa lidar com mudanças sociais e ambientais, mas é mal informada ou auxiliada por políticas consistentes e bem adaptadas. Como região de fronteira, ela permanece longe dos centros de decisão e sofre uma forte falta de compartilhamento de políticas públicas.
Desafios Regionais
- Um contexto transfronteiriço complexo com diferentes regulamentações governamentais sociais e ambientais.
- A região é principalmente coberta de floresta com alta biodiversidade mas com vários ambientes degradados
- Um grande crescimento demográfico de ambos os lados, mas contrastando com a fronteira,
- Região “isolada” com população de baixa renda vulnerável as mudanças climáticas e socioeconômicas
Questões principais da pesquisa atual e passada
Observatório brasileiro do Clima e da Saúde: o projeto GAPAM Sentinela
- Como os contextos transfronteiriços limitam a luta contra doenças transmitidas por vetores?
- Como desenvolver ferramentas e metodologias para lidar com esse contexto específico?
- Como levar os dois países a cooperar e elaborar um diagnóstico compartilhado?
- Quais metodologias e protocolos comuns podem facilitar a troca e a exploração dos dados?
Indicadores da biodiversidade para os atores: o projeto SINBIOSE
- Como construir indicadores úteis nos dois lados da fronteira?
- Qual tipo de indicadores é útil para cada lado das fronteiras?
- Como construir um quadro de trabalho comum?
Monitorar a floresta e a biomassa do espaço: o projeto BIOMAP
- Como monitorar a biomassa com base em uma tipologia florestal e detectar mudanças na biomassa olhando do espaço?
- Como combinar os inventários florestais e dados de sensoriamento remoto dos mais baixos aos mais elevados para capturar a estrutura da floresta e a biomassa associada?
Atividades de pesquisa em 2019
Expedição de reconhecimento do sítio:
- Temas discutidos: Uso e ocupação do solo, tipologias de paisagem
- Instituições: IRD, UnB
- Atores envolvidos: moradores locais
Missão de intercâmbio em IRD Montpellier, análise de dados e preparação de manuscritos
- Temas discutidos: Análise dos tipos de paisagem, revisão de literatura, aplicação metodológica e preparação de manuscrito
- Instituições: UFAM, IRD, UnB
Palestras em mesas de debates durante durante o IX Encontro Nacional da Anppas em outubro de 2019
Desenvolvimento de metodologia para identificação de tipos de paisagem, utilizando-se da integração do olhar geográfico obtido in situ e a utilização de métricas da paisagem derivadas da classificação da cobertura e uso do solo por sensoriamento remoto. Para tanto, foi desenvolvida para cada unidade de paisagem observada in situ a sua respectiva assinatura derivada da plotagem gráfica de sete tipos métricas da paisagem, sendo essas indicadoras de distinção das unidades de paisagem. A pesquisa identificou que a classificação da cobertura e uso do solo baseada apenas nas imagens obtidas por sensores remotos representam um retrato instantâneo e que não capta os aspectos culturais e históricos presentes na paisagem. Daí a importância de se utilizar o olhar geográfico obtido em in situ para a apreensão da paisagem no seu conjunto, de forma holística, combinando aspectos estruturais e aspectos socioculturais. A estratégia metodológica de diferenciar os tipos de paisagens por meio de assinaturas de métricas da paisagem mostrou um meio profícuo para a análise da paisagem, além de validar o olhar geográfico in situ. Neste caso, recorrer às métricas de paisagem e compor a assinatura de métricas para cada tipo de paisagem a posteriori foi um procedimento válido para referendar o trabalho in situ ou promover pequenos ajustes nas suas delimitações.